Enquanto líderes mundiais viajam para participar da COP, moradores da Região Metropolitana de Belém são convidados a participar de eventos que transformam a emergência climática em mobilizações práticas. Nos dias 14 e 15 de novembro, o Espaço Cultural Ruth Costa, em Águas Lindas (Conjunto jardim Nova Vida, rua João Batista, número 98, bairro de Águas lindas), sedia o evento cultural “Tacacá com Carimbó: O Sabor da Justiça Climática”. Apoiado pela Fundação Rosa de Luxemburgo, como parte das Yellow Zones — espaços organizados pela sociedade civil para descentralizar as discussões da conferência climática e fortalecer o protagonismo popular na Amazônia.
Com atividades culturais, culinária paraense e mobilização popular, no dia 14 de novembro será exibido o recém-lançado documentário “Tarifa Zero: Cidade em Disputa”, seguido do bate-papo “Tarifa Zero, Mobilidade Antirracista e Justiça Climática”, conectando a luta pelo transporte público gratuito à construção de cidades mais justas, inclusivas e sustentáveis.
A atividade conta com apoio institucional da Fundação Rosa Luxemburgo e do Instituto Clima e Sociedade (ICS), reforçando a articulação entre justiça climática e mobilidade antirracista nos territórios periféricos.
As Yellow Zones (Zonas Amarelas) são uma iniciativa da sociedade civil, criadas em contraponto às zonas oficiais (Azul e Verde) da COP, para descentralizar o debate, potencializar a cultura periférica e abordar a emergência climática conectada ao cotidiano das populações locais.
Sobre o documentário
“Tarifa Zero: Cidade em Disputa” vai além de denunciar as precariedades do transporte público ao imaginar cidades mais justas. Com relatos e análises das políticas urbanas, o filme revela como o sistema de mobilidade reforça desigualdades sociais, raciais e territoriais, consumindo tempo, saúde e renda das populações mais vulnerabilizadas. O documentário provoca: e se o transporte público fosse gratuito? A tarifa zero surge como proposta concreta para repensar a cidade, ampliando o acesso a direitos básicos e contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Programação na Rota da COP 30
14 de novembro
● 16h- Abertura – Mística de Encontro: com Jô Pereira e Ugo.
Encontro de Sonhos das Infâncias de Águas Lindas faz brincar no quintal do faz-de-conta, o imaginário do bem viver no agora e futuro desejado – O quintal-floresta do Espaço Cultural Ruth Costa será cenário onírico e lúdico da atividade desenvolvida por Jô Pereira do Pedal na Quebrada-SP, na corporeidade Erê do brincar em construir mundos entre o céu e terra amazônico
● 17:45 Bate-papo Especial: Tarifa Zero, Mobilidade Antirracista e Justiça Climática: bate-papo focado em como a mobilidade urbana se conecta com a luta antirracista e a justiça climática. O debate contará com a participação de nomes de destaque na pauta: Katarine Flor da fundação Rosa Luxemburgo e produtora executiva do documentário “Tarifa Zero”, Ruth Costa (Ativista pela mobilidade ativa e sustentável e anfitriã do espaço), Ricardo Machado (diretor do Ciclocidade), Luana Costa ( Movimento Nossa BH), Enio Paipa (cicloativista) e Jô Pereira (Pedal na Quebrada ,Diretora Presidente da União de Ciclistas do Brasil – UCB, conselheira Ciclocidade-SP). A discussão aprofundará a urgência do Tarifa Zero e do direito à cidade por meio de um olhar que combate o racismo ambiental e estrutural na forma como as cidades são planejadas.
● Sessão de Cinema no Quintal: Após o debate inicial, o público está convidado para uma sessão de cinema ao ar livre com a exibição do Minidocumentário Tarifa Zero: Cidade em Disputa que mergulha na rotina de quem atravessa São Paulo todos os dias em um transporte público caro, precário e desigual. Por meio de relatos potentes e de uma análise crítica das políticas urbanas, a obra revela como o sistema de mobilidade reforça desigualdades sociais, raciais e territoriais — enquanto consome tempo, saúde e renda das populações mais vulnerabilizadas.
Mais do que denunciar, o filme propõe: e se o transporte público fosse gratuito?
A tarifa zero surge como ponto de partida para repensar a cidade — ampliando o acesso a direitos básicos, enfrentando desigualdades históricas e contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa em um contexto de crise climática.
Está em disputa o modelo de cidade que queremos construir: para poucos ou para todos?
● E o audiovisual do projeto Perifa na Pista: “Mulheres e a Bicicleta no Território Periférico” As produções audiovisuais reforçam a importância da mobilidade ativa e do transporte público gratuito e de qualidade como chaves para mitigar a crise climática e reduzir as desigualdades sociais.
- 20h- Encerramento Cultural e Gastronômico: A noite será encerrada com a vibrante apresentação do grupo de Carimbó Batuque da Lua Crescente, celebrando a cultura paraense e a resistência amazônica. O público desfrutará de comidas típicas da região, valorizando a culinária local e a sociobiodiversidade.
15 de novembro
- 7h – Bicicletada Manifesto: Uma pedalada sairá do Espaço Cultural Ruth Costa para se encontrar com a Marcha Global pelo Clima, reforçando que a luta climática passa por demandas territoriais por infraestrutura, mobilidade sustentável e transporte público de qualidade.
Sobre o Espaço Cultural Ruth Costa
Localizado em Águas Lindas, o Espaço Cultural Ruth Costa é um espaço de potencialização da periferia. Com rodas de conversa e atividades culturais, busca valorizar o saber local e criar um território seguro para a ação comunitária em torno da justiça climática.



