A pré-estreia do documentário Mineração, Lucro e Devastação – A farsa da transição energética será realizada no dia 19 de novembro, às 19h, na Casa Carmina (Rua Arcipreste Manoel Teodoro, 864em Belém ), durante os eventos da COP30. A produção é resultado de uma parceria entre a Fundação Rosa Luxemburgo e o Brasil de Fato e integra a programação da Casa do Jornalismo Socioambiental, espaço que reunirá a cobertura de 21 veículos de comunicação durante a COP30.
Partindo das marcas deixadas pela lama em Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais, o filme examina uma contradição central da agenda climática: enquanto governos e empresas apresentam a “transição energética” como solução para a crise climática, avança uma nova corrida por minerais estratégicos — como lítio, cobre e níquel — que amplia a fronteira de exploração no Sul global para sustentar padrões de consumo do Norte.
“Os territórios atingidos pela mineração continuam pagando a conta de um modelo que se apresenta como solução climática, mas que reproduz as mesmas violências de sempre”, afirma Elisangela Soldateli Paim, coordenadora do Programa Latinoamericano de Clima e Energia da Fundação Rosa Luxemburgo. O vídeo integra a Coleção Politizando o Clima, disponível gratuitamente na biblioteca digital da Fundação.
A partir de relatos de moradores atingidos e de análises de pesquisadoras e militantes, o documentário expõe os efeitos da financeirização da natureza, do adoecimento das populações, da contaminação das águas e do esvaziamento das economias locais.
Para Katarine Flor, diretora e produtora do documentário, o modelo de transição energética defendido por governos e grandes empresas mantém a mesma lógica que historicamente transforma certos territórios em zonas de sacrifício. “Os lucros continuam concentrados nos países do Norte Global, enquanto as consequências socioambientais recaem sobre comunidades que vivem próximas de minas, barragens e áreas de extração. O filme expõe essa contradição e mostra por que é urgente revelar quem paga, de fato, esse preço.”
Para Andreas Behn, diretor da Fundação Rosa Luxemburgo no Brasil e no Paraguai, projetos como este documentário são parte central do compromisso da Fundação com justiça social e ambiental. “Produções que colocam as comunidades no centro do debate ajudam a romper narrativas oficiais e ampliam a compreensão sobre os impactos reais da mineração. É fundamental que esses relatos circulem e fortaleçam a disputa pública por modelos verdadeiramente justos.”
Após a exibição, haverá uma conversa aberta com:
- Elisângela Soldateli Paim — Coordenadora do Programa Latinoamericano de Clima e Energia da Fundação Rosa Luxemburgo
- Fabrina Furtado — Professora do CPDA/UFRRJ
- David Williams — Diretor do Programa de Justiça Climática Internacional da Fundação Rosa Luxemburgo, em Nova York
- Thomas Fatheuer — Pesquisador do Centro de Pesquisa e Documentação Chile-América Latina e integrante da rede KoBra
O debate também apresentará a coleção Politizando o Clima e o livro Alemanha limpa e Sul explorado, que discutem as relações entre energia, neocolonialismo e justiça climática.
A Casa do Jornalismo Socioambiental, apoiada pela Fundação Rosa Luxemburgo, foi criada para fortalecer o jornalismo independente e ampliar o alcance das informações sobre a conferência e a Cúpula de Líderes.
Serviço
Assessoria de imprensa
Katarine Flor, Fundação Rosa Luxemburgo
21 99517-0663
pré-estreia do documentário Mineração, Lucro e Devastação – A farsa da transição energética
dia: 19 de novembro
hora: 19h
Local: Casa Carmina, Rua Arcipreste Manoel Teodoro, 864 – Bairro Batista Campos, Belém (PA)
Ficha técnica
Direção e Produção: Elisangela Soldateli Paim e Katarine Flor
Reportagem: Igor Carvalho
Fotografia: Ana Carolina Haddad, Iolanda Depizzol, Marcelo Cruz
Roteiro: Afonso Bezerra, Vitor Shimomura
Edição: Marcelo Cruz
Identidade Visual: Marco Vieira
Produção Executiva: Katarine Flor
Coordenação de Projeto Editorial: Monyse Ravena
Coordenação de comunicação: Caroline Apple
Revisão de Conteúdo: Caroline Boletta



