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A atualidade de Rosa Luxemburgo
05/03/2020
por
FRL

Rosa Luxemburgo nasceu em 5 de março de 1871, em Zamość, pequena cidade da Polônia. Sua trajetória de mulher emancipada, jornalista, professora e agitadora incansável é tão inspiradora quanto sua paixão profundamente democrática, antimilitarista e “ecológica” – a favor dos povos indígenas e da natureza -, numa época em que o limite dos desenvolviemntismos fica mais evidente do que nunca.

Rosa, é claro, não tem as respostas para a nossa época. No entanto, para além da mitologia que envolve seu nome, sua produção teórica – amputada e adormecida por décadas pelos dirigentes do “socialismo real” – ainda contém uma potência transformadora capaz de insipirar gerações de inconformados mundo a fora. É preciso difundir e debater seu pensamento sobre a defesa da criatividade popular, a importância de democracia de base, do comunismo “primitivo”, da greve de massas.

Uma ideia central do pensamento da Rosa Luxemburgo é a de que a emancipação dos oprimidos, quer seja de classe, gênero, raça ou sexualidade, só pode ser fruto da ação autônoma das próprias partes interessadas. A liberdade não pode ser outorgada e sim conquistada. Para ela, não há sociedade livre sem pessoas livres, não manipuladxs, seja por lideranças políticas, mídia, propaganda, ou, no plano individual, por suas paixões e fantasmas.

149 anos após seu nascimento, as ideias da polonesa seguem fomentando reflexões e apontando caminhos e possibilidades para as lutas sociais contemporâneas, principalmente no contexto de tensões políticas vividas não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Por isso, a Fundação Rosa Luxemburgo, em parceria com o labExperimental,  produziou a uma websérie de 4 videoaulas sobre a atualidade do pensamento de Rosa Luxemburgo, com Isabel LoureiroForam quatro episódios, cada uma abordando um tema diferente. As aulas estão disponíveis no canal da FRL no You Tube.

Aula 1

A atualidade do pensamento de Rosa Luxemburgo

“Acho que junho de 2013 foi um momento Rosa Luxemburgo, que a gente pode chamar de momento Rosa Luxemburgo, em que houve todas aquelas manifestações de rua espontâneas”

 

Aula 2

A acumulação do Capital

E Rosa vai dizer: os capitalistas não aumentam sua produção só para aumentar a sua produção. Eles precisam de uma razão para isso. E a razão qual é: só pode existir uma demanda prévia a produção. E a resposta dela é a seguinte: essa demanda não pode vir daquele sistema fechado, já que o produzido é consumido. Essa demanda só será encontrada fora do sistema capitalista fechado. Ela virá das colônias, essa vai ser a resposta”

 

Aula 3

Feminismo

“E o que é curioso é que a própria Rosa Luxemburgo não percebia o quanto ela era importante para as mulheres alemãs. Ela fica muito espantada quando mil mulheres de Berlim vão buscá-la na prisão da Barnimstrasse em 18 de fevereiro de 1916, quando ela é solta, e lhe dão montanha de presentes”.

 

Aula 4

A insegurança da existência

“Assim um continente após o outro e em cada continente um país após outro, uma raça”, não está fora uma idéia de raça. É assim de supetão, não comenta muito mais fala, “uma raça após outra ficam inelutavelmente sobre a dominação do capital. Com isso inumeráveis milhões caem na proletarização, na escravidão, na insegurança da existência, em suma na miséria. E a nota da Rosa no rodapé: extermínio dos povos primitivos. Ela tá preocupada com isso”.