Entre os dias 28 e 30 de maio de 2025, a Universidade de Brasília (UnB) será palco do Simpósio Internacional Pré-Cúpula do BRICS, um encontro estratégico que antecede a Cúpula oficial do bloco. O evento reunirá autoridades do Governo Federal, acadêmicos, organizações da sociedade civil e representantes de diversos países para formular contribuições diretas à presidência brasileira do BRICS.
A iniciativa é promovida por um consórcio de instituições nacionais e internacionais: Universidade de Brasília, Internacional Progressista, Fundação Rosa Luxemburgo, BRICS Policy Center, iBRICS+, Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), Rede Brasileira pela Integração dos Povos (REBRIP), Plataforma CIPÓ, Fundo Global para uma Nova Economia e Rede Brasileira de Renda Básica.
Um bloco em transformação
Desde sua criação em 2009, o BRICS consolidou-se como um dos principais polos geopolíticos do século XXI. Atualmente, o bloco — que se expandiu em 2022 para incluir países como Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos — representa mais de 50% da população mundial e cerca de 40% do PIB global.
A presidência brasileira em 2025 ocorre em um momento de transição global, com a ordem internacional em fragmentação. O BRICS desponta como um potencial arquiteto de uma nova governança multipolar, pautada por soberania, justiça climática e desenvolvimento equitativo.
Eixos estratégicos do encontro
O simpósio foi estruturado em torno de seis prioridades definidas pelo governo brasileiro:
- Cooperação global em saúde
- Comércio, investimentos e finanças
- Mudanças climáticas
- Governança da inteligência artificial
- Paz e segurança internacional
- Desenvolvimento institucional
Esses temas serão discutidos em sessões realizadas ao longo do dia 29 de maio no Beijódromo da UnB, com abertura e jantar de boas-vindas no dia anterior.
Propostas para uma nova arquitetura global
O Simpósio Internacional Pré-Cúpula do BRICS busca construir um plano de ação estratégico, formar uma rede de conhecimento colaborativo e elaborar um plano de comunicação global. Ao final do encontro, será produzido um relatório com recomendações concretas para orientar a presidência brasileira e ampliar a influência do bloco nos assuntos internacionais.
A programação inclui também uma plenária de encerramento com diálogo diplomático e entrega formal das propostas da sociedade civil ao governo brasileiro.



