Vozes Insurgentes de Mulheres Negras - do século XVIII até o século XXI, que apresenta textos fundamentais de mulheres negras brasileiras será lançada durante a programação paralela da  FLIP
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Contra o silenciamento, a insurgência
01/07/2019
por
FRL

Vozes Insurgentes de Mulheres Negras – do século XVIII até a primeira década do século XXI, que apresenta textos fundamentais de mulheres negras brasileiras, será lançada durante a programação paralela da  FLIP

Por FRL

Valorizar e visibilizar o conhecimento produzido por mulheres negras brasileiras, de forma a compreender diversas perspectivas de nossa sociedade e nossa história. Este é o principal objetivo da publicação Vozes Insurgentes de Mulheres Negras – do século XVIII  à primeira década do século XXI, iniciativa da Fundação Rosa Luxemburgo, em parceria com a Editora Mazza. O livro, organizado pela jornalista e pesquisadora Bianca Santana, será lançado na programação paralela da Flip 2019, em Paraty (que acontece de 10 a 14 de julho) em rodas de conversa e oficinas.

“Retomar estes textos históricos também coloca a possibilidade de compreender características próprias da diáspora africana no Brasil, ampliando um referencial que não se limita às conhecidas autoras norte-americanas. Além disso, dá a oportunidade, a pensadoras e pensadores negros e não-negros, de rever a formação do pensamento brasileiro a partir de mais perspectivas, buscando reparar, ainda que parcialmente, os apagamentos de intelectuais brilhantes”, destaca Bianca.

Apesar do silenciamento histórico imposto primeiro pela escravidão, e posteriormente pelo racismo, o sexismo e a desigualdade de classe, pensadoras negras têm, cada vez mais, rompido esse muro e conquistado espaço. A circulação deste conhecimento tem crescido nos últimos anos, mas ainda há muito desconhecimento das palavras publicadas por essas mulheres antes do tempo atual.

Neste sentido, o livro é uma importante contribuição. Ao reunir em um único volume estas vozes, concretiza a capacidade das mulheres negras em  formular pensamentos e críticas. “Ler estas mulheres é uma oportunidade de adensar raízes para que a luta das mulheres e o atual feminismo negro brasileiro se expandam com consistência a permanência”, complementa a organizadora da publicação.

 

SERVIÇO

Mulheres Negras e suas vozes insurgentes na FLIP

12/07 – das 9h às 12h

Vozes insurgentes de mulheres negras: oficina de escrita autobiográfica – com Bianca Santana

Casa Insubmissa – Rua do Fogo, 04 – Centro

* Atividade exclusiva para mulheres negras  – inscrições gratuitas no local

12/07 – das 14h30 às 16h30

Roda de Conversa
A produção de conhecimento das Mulheres Negras do Axé – Com Bianca Santana e Isabelle Sanches Pereira – mediação Marcilene Garcia

Casa Insubmissa – Rua do Fogo, 04 – Centro

12/07 – das 17h às 19h

Lançamento Vozes Insurgentes de Mulheres Negras – do século XVIII à primeira década do século XXI

Com Bianca Santana, Conceição Evaristo e Neusa Maria Pereira – mediação Christiane Gomes

Barco Pirata

13/07 – das 10h às 13h

Vozes insurgentes de mulheres negras: roda de leitura e conversa– com Bianca Santana

Quilombo do Campinho

Rodovia Rio-Santos km 588

*todas as atividades são gratuitas