Fonte: Nós Mulheres das Periferias
No quarto episódio do Conversa de Portão, a jornalista Jéssica Moreira entrevista Cidinha da Silva, 53, escritora brasileira. Nascida em Minas Gerais, Cidinha mora em São Paulo e tem dezessete livros publicados, entre crônicas, contos e dramaturgias. Em 2019, recebeu o prêmio Clarice Lispector da Biblioteca Nacional pela obra “Um Exu em Nova York”.
Além de escrever, também é editora e fundadora da Kuanza Produções. E aqui está um dos pontos abordados durante a entrevista: a proposta do ministro Paulo Guedes em taxar os livros em 12%. Pra ela, esse imposto seria o fim para as editoras independentes .
“A conta nunca iria fechar. E as editoras já pagam impostos, o livro não é não tributado. Isso é um tipo de aumento que quer robustecer esse projeto de emburrecimento da população brasileira. Como se não bastasse o congelamento dos investimentos em educação e saúde por 20 anos”, disse.
Sua relação com a palavra começou muito cedo, desde que aprendeu a ler. “Tive a sorte de estudar em escolas públicas que tinham sala de leitura, ou mesmo biblioteca, e eu era frequentadora assídua desses espaços”, conta.
Mas ainda hoje, a escritora Cidinha da Silva não consegue viver apenas da escrita. Durante a entrevista, explica que passa 85% do seu tempo trabalhando para conseguir financiar algumas horinhas de escrita durante a semana e no final de semana. “Horinhas, mesmo. Horinhas muito caras”, diz a convidada.
Foto em destaque: Crédito: Pâmela Íris / JC/ Nós, Mulheres das Periferias