Nova publicação da FRL parte do resgate da tradição latino-americana – e do diálogo com os saberes de seus povos ancestrais invisibilizados pelo pensamento eurocêntrico – para assim desvendar novos horizontes para a região.
Início » »
É hora de debater desenvolvimentismo
30/08/2016
por
Fundação Rosa Luxemburgo

descolonizarUm debate sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento, realizado na última segunda-feira, 22, marcou o lançamento do livro Descolonizar o imaginário: debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento (baixe o PDF). O encontro foi realizado na sede da Fundação Rosa Luxemburgo, em São Paulo, e contou com participação das autoras Camila Moreno, Dunia Mokrani e Verena Glass, além de Guilherme Mello, Karin Gabbert e Isabel Loureiro. A conversa foi mediada por Gerhard Dilger e Jorge Pereira Filho, dois dos organizadores da publicação.

Baixe a publicação em PDF, leia a apresentação à edição brasileira e o capítulo a natureza americana e a ordem colonial do capital

O livro, publicado em parceria com as editoras Elefante e Autonomia Literária, reúne treze ensaios que apresentam uma reflexão crítica sobre os impasses da América Latina nas últimas décadas. O foco principal dos textos é a opção política assumida por governos de diferentes matizes políticas que insistiram no aprofundamento do modelo primário-exportador. O tema ganha especial relevância com os sinais de esgotamento do ciclo de governos progressistas na região, que também trilharam o caminho do neodesenvolvimentismo ao ampliar a exportação de commodities para financiar o investimento social.

destaque

Durante a roda de conversa, o economista Guilherme Mello, da Fundação Perseu Abramo, apresentou considerações em defesa dos governos progressistas e do modelo desenvolvimentista, debatendo com os demais participantes. A publicação parte do resgate da tradição latino-americana – e do diálogo com os saberes de seus povos ancestrais invisibilizados pelo pensamento eurocêntrico – para assim desvendar novos horizontes para a região. Um aspecto central dessa abordagem é a proposição de um convívio ressignificado com a Natureza, a partir de uma relação pautada não mais pela instrumentalização, mas pela harmonia e pela autodeterminação.

Assista à integra do debate, que foi transmitido ao vivo pela Fundação Perseu Abramo: