O governo espanhol fechou os Centros de Internamiento para Extranjeros (CIE) durante o estado de Alarme decretado como resultado da pandemia internacional de Covid-19. CIE são estabelecimentos públicos não penitenciários, onde estrangeiros sujeitos a processos de expulsão do território espanhol são mantidos de maneira cautelar e preventiva.
Em 6 de maio de 2020, o último preso foi libertado, na CIE em Algeciras. No entanto, as razões que levaram o Ministério do Interior a tomar essa decisão não foram os Direitos Humanos, mas a praticidade em um momento crítico como o que nossa sociedade vem passando nos últimos meses.
Apesar do alto risco de contágio, a Espanha continua com as tentativas de deportações que foram rejeitadas pelos países de destino. A libertação de todas as pessoas ocorreu mais de 50 dias após a declaração do estado de alarme e o fechamento das fronteiras.
Agora, o futuro das pessoas libertadas é um enigma. Este relatório, de María Paramés Bernardo e María Peñalosa Méndez, do Mundo en Movimiento, é uma crônica do que aconteceu nos últimos meses e uma excelente explicação de por que esse símbolo do racismo institucional não deve reabrir suas portas. O documento foi originalmente publicado pelo escritório de Madri, na Espanha, da Fundação Rosa Luxemburgo.
Leia o documento completo: CRONOLOGÍA DEL CIErre
(em espanhol)
Foto em destaque consta no documento. Crédito: Plataforma CIES NO Madrid