Nos dias 28 e 29 de novembro, ocorre na UEPA e na UFPA o seminário “As Veias Abertas da Volta Grande do Xingu” com apresentação do relatório sobre os impactos do projeto de mineração em região atingida por Belo Monte
Por Fundação Rosa Luxemburgo
Profundamente alterada e negativamente impactada pela hidrelétrica de Belo Monte, a Volta Grande do Xingu é palco de uma nova disputa. O trecho de um dos mais importantes rios da Amazônia no Sudoeste do Pará, região que, durante a construção da usina e agora com seu término, passou ao topo da lista dos índices de violência e desemprego no país, poderá sofrer um novo processo de profunda degradação se o maior empreendimento de mineração de ouro a céu aberto do Brasil, o projeto canadense Belo Sun, receber autorização para operar a poucos quilômetros de Belo Monte.
Esta é a conclusão do estudo “As Veias abertas da Volta Grande do Xingu: Análise dos impactos da mineradora Belo Sun sobre a região afetada por Belo Monte”, que dissecou dezenas de documentos, estudos técnicos e laudos produzidos pelo e sobre o empreendimento, além de entrevistar de comunitários impactados ao Ministério Público Federal e representantes da própria Belo Sun.
Este estudo será lançado durante o seminário “As Veias Abertas da Volta Grande do Xingu” no final de novembro na cidade de Belém, que contará com a presença de representantes de órgãos públicos, acadêmicos, movimentos sociais e de atingidos. Veja abaixo a programação completa:
Seminário
As Veias Abertas da Volta Grande do Xingu
Uma análise dos impactos da mineradora Belo Sun sobre a região afetada por Belo Monte
28 e 29 de novembro, Belém do Pará
Programação
28 de novembro de 2017 – Universidade do Estado do Pará
LOCAL: Auditório Paulo Freire – UEPA, Tv. Djalma Dutra, 156 – Telégrafo, Belém
DATA: 28 de novembro de 2017
HORÁRIO: 15:00 as 19:00
Certificado com carga horária
Objetivo: discutir com autoridades públicas, movimentos sociais e comunidade acadêmica o projeto de implantação de Belo Sun, a maior mina de ouro a céu aberto do país, na Volta Grande do rio Xingu. Apontar e discutir potenciais impactos e avaliar o processo de implantação do empreendimento do ponto de vista social, ambiental, jurídico e econômico.
15:00 h
Mesa 1 – Impactos da presença de Belo Sun na Volta Grande do Xingu
Abertura e boas vindas – UEPA
Xingu Vivo Para Sempre
A situação atual da Volta Grande: a herança de Belo Monte, os impactos sobre as comunidades, a violência em Altamira, e a ameaça da vinda de Belo Sun. Que tipo de informações existem e quais ainda são necessárias para que a população possa decidir se está ou não de acordo com a instalação de Belo Sun?
COOMGRIF – depoimento
A situação dos garimpeiros tradicionais na área já adquirida pela mineradora.
Representante de agrocultorxs da VG – depoimento
A situação dos moradores locais e os problemas já enfrentados com a chegada do projeto de Belo Sun
Fundação Rosa Luxemburgo
Apresentação do resumo do estudo “As Veias Abertas da Volta Grande do Xingu – Uma análise dos impactos da mineradora Belo Sun sobre a região afetada por Belo Monte”, realizado pela Fundação em parceria com o Movimento Xingu Vivo
Video – 8 minutos – O que a população acha de Belo Sun?
Pausa – 15 minutos
Mesa 2 – Processo de licenciamento e questões jurídicas
SEMAS
O processo de licenciamento de Belo Sun
MPF
Questões jurídicas que levaram à apresentação das ACPs contra o empreendimento
DPE
Questões jurídicas que levaram à apresentação das ACPs contra o empreendimento
UEPA – comentário
Aspectos gerais da mineração no estado e seus impactos sobre as comunidades atingidas
MAM – comentário
Prejuízos e conflitos nas regiões de mineração
Pausa – 15 minutos
Debate – (reúne os componentes das duas mesas) – Mediação Comitê Metropolitano Xingu Vivo
Abertura para perguntas e colocações da plateia e dos componentes da mesa. A sugestão é que a plateia, as organizações presentes e os próprios componentes das duas mesas possam se inscrever para falar
18:10 – encerramento com considerações finais dos componentes da mesa
29 de novembro de 2017 – Universidade Federal do Pará
LOCAL: Auditório do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) – UFPA, Campus Guamá
DATA: 29 de novembro de 2017
HORÁRIO: 15:00 as 19:00
Certificado com carga horária
Objetivo: Reunir representantes de povos tradicionais, movimentos sociais, grupos de pesquisa e organizações parceiras, para expor a situação perante os grandes projetos, e propor soluções e alternativas para a mentalidade incutida de um desenvolvimento predatório.
15:00 h
Mesa 1 – Povos tradicionais vulneráveis aos impactos dos projetos de desenvolvimento predatório na Amazônia
Sr. José Pereira (vice presidente da COOMGRIF)
Representante de movimento de Barcarena
Leusa Munduruku
Representantes dos agricultorxs da VG
MAM
Coordenada por Mov. Xingu Vivo
Lançamento do Vídeo, Documento e Cartilha
Intervalo: 10 minutos
Mesa 2 – Projetos, ações e alternativas ao desenvolvimentismo
DPE – Andrea Barreto – 10 min
UFPA – Elielson Silva – 10 min
Agricultora da Volta Grande – 10 min
UFPA – Professor de Geologia ou Economia em mineração – 10 min
UFPA – Rosa Acevedo – 10 min
Nova Cartografia Social – Thiago Sabino (apresentação do mapa) com Xingu Vivo: Luana e Dimitria 10 min
Debate – 1,5 hora (reúne os componentes das duas mesas)
Abertura para perguntas e colocações da plateia e dos componentes
da mesa. A sugestão é que as organizações presentes e os próprios componentes das duas mesas possam se inscrever para falar.
Encerramento com considerações finais