4 de novembro de 2025 | 18h às 20h | Sala Olavo Brasil — IESP-UERJ (Rio de Janeiro)
Justiça Climática ou Colonialismo Verde?
31/10/2025
por

Núcleo de Estudos de Teoria Social e América Latina do IESP-UERJ (NETSAL), em parceria com o Observatório de Geopolítica e Transições Ecossociais (GeoECOS), o Pacto Ecosocial del Sur e o Transnational Institute (TNI), realiza no dia 4 de novembro, das 18h às 20h, o debate “Justiça Climática ou Colonialismo Verde?”.

A atividade integra a programação preparatória para a COP30, e marca o lançamento dos dois volumes da coleção Colonialismo Verde, publicada pela Editora Elefante com apoio da Fundação Rosa Luxemburgo.

As obras — Geopolítica e transições ecossociais, organizada por Miriam Lang (Universidad Andina Simón Bolívar), Mary Ann Manahan (CRG/Universidade de Gante) e Breno Bringel, e Justiça energética e climática nos países árabes, organizada por Hamza Hamouchene (TNI) e Katie Sandwell (TNI) — reúnem análises críticas sobre as novas faces do capitalismo verde e os impactos das políticas de transição energética sobre o Sul Global.

O encontro será presencial, na Sala Olavo Brasil (IESP-UERJ), com apresentações de Breno Bringel e Hamza Hamouchene, além de intervenções de Camila Moreno (Carta de Belém), Fabrina Pontes Furtado (CPDA-UFRRJ), Paulo Petersen (AS-PTA), Julio Holanda (IPPUR-UFRJ), Carmen Castro (PACS) e Gabriela Sarmet (cosmpolíticas).


Crítica ao “verde” do capital

As publicações denunciam a retórica do “crescimento verde” e dos “mercados de carbono” como expressões atualizadas do extrativismo e da pilhagem colonial, apontando que, sob o verniz sustentável, persistem as mesmas dinâmicas de desigualdade, expropriação e dependência.

Colonialismo Verde reúne vozes proeminentes da pesquisa e do ativismo do Sul Global que questionam a hipocrisia dos chamados “Novos Pactos Verdes” do Norte — apresentados como ecológicos, mas ancorados na manutenção do poder corporativo e da colonialidade. As análises propõem caminhos para uma transição ecossocial justa, baseada em democracia, autodeterminação e desmantelamento das relações coloniais e extrativistas.

Na região árabe, o segundo volume aborda a emergência climática já em curso — marcada por secas, incêndios, ondas de calor e enchentes — e a urgência de uma transição que reconheça tanto a responsabilidade histórica do Ocidente industrializado quanto o papel dos países emergentes na perpetuação de uma ordem destrutiva.

Como afirmam os organizadores, “não haverá justiça numa economia verde sem democracia e autodeterminação energética”.


📘 As publicações estão disponíveis para compra na página oficial da Editora Elefante.
📍 Serviço
Evento: Justiça Climática ou Colonialismo Verde?
Data: 4 de novembro de 2025
Horário: 18h às 20h
Local: Sala Olavo Brasil — IESP-UERJ, Rio de Janeiro
Realização: NETSAL/IESP-UERJ, GeoECOS, Pacto Ecosocial del Sur e TNI
Colaboração: Editora Elefante e Fundação Rosa Luxemburgo

Mais recentes