O estudo estpa dividido em dois eixos temáticos:
- transição energética; e
- financeirização da natureza.
O objetivo é compreender e dar visibilidade às estratégias adotadas pelos governos e por empresas neoextrativistas (complexo hidro-agro-energético-mineral) ante a crise climática e as implicações dos usos que fazem das categorias transição energética, energia renovável, descarbonização e compensação.
A primeira parte da pesquisa tem como objetivo mapear e analisar criticamente o processo de transição energética apresentados por empresas e governos para solucionar a crise climática global.
O estudo foca nos principais projetos de usinas eólicas em terra e no mar nos estados do Ceará e do Rio Grande do Sul. E analisa projetos de mineração de lítio e alumínio, componentes essenciais para a execução da chamada transição energética. O caso mais emblemático é o do lítio, cuja demanda pode aumentar em mais de 8.000%. O mineral é usado na produção de bateria de carros elétricos, por exemplo.
Na segunda, foram mapeados 107 projetos privados que se propõem a reduzir as emissões de gases de efeito estufa associadas ao desmatamento e à degradação florestal no Brasil. E apresenta as principais contradições e problemáticas do mercado (voluntário e regulado) em constante expansão.
O estudo destacar, ainda, ações de proteção florestal no Pará, estado considerado como uma das principais áreas etiquetadas como descarbonizadas, em especial os projetos da Biofílica Ambipar Environment.
O trabalho foi realizado pela Fundação Rosa Luxemburgo (FRL) em conjunto com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).