Já estão disponíveis os quatro episódios da série que discutiu a obra da revolucionária polonesa e suas contribuições para o debate das lutas sociais contemporâneas
Por Fundação Rosa Luxemburgo
Uma ideia central do pensamento da Rosa Luxemburgo é a de que a emancipação dxs oprimidxs, quer seja de classe, gênero, raça ou sexualidade, só pode ser fruto da ação autônoma das próprias partes interessadas. A liberdade não pode ser outorgada e sim conquistada. Para ela, não há sociedade livre sem pessoas livres, não manipuladxs, seja por lideranças políticas, mídia, propaganda, ou, no plano individual, por suas paixões e fantasmas.
Quase 100 anos após sua morte, as ideias da marxista polonesa seguem fomentando reflexões e apontando caminhos e possibilidades para as lutas sociais contemporâneas, principalmente no contexto de tensões políticas vividas não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
Por isso, a Fundação Rosa Luxemburgo, em parceria com o labExperimental, produziou a uma websérie de 4 videoaulas sobre a atualidade do pensamento de Rosa Luxemburgo, com Isabel Loureiro. Foram quatro episódios, cada uma abordando um tema diferente. As aulas estão disponíveis no canal da FRL no You Tube.
Aula 1
A atualidade do pensamento de Rosa Luxemburgo
“Acho que junho de 2013 foi um momento Rosa Luxemburgo, que a gente pode chamar de momento Rosa Luxemburgo, em que houve todas aquelas manifestações de rua espontâneas”
Aula 2
A acumulação do Capital
“E Rosa vai dizer: os capitalistas não aumentam sua produção só para aumentar a sua produção. Eles precisam de uma razão para isso. E a razão qual é: só pode existir uma demanda prévia a produção. E a resposta dela é a seguinte: essa demanda não pode vir daquele sistema fechado, já que o produzido é consumido. Essa demanda só será encontrada fora do sistema capitalista fechado. Ela virá das colônias, essa vai ser a resposta”
Aula 3
Feminismo
“E o que é curioso é que a própria Rosa Luxemburgo não percebia o quanto ela era importante para as mulheres alemãs. Ela fica muito espantada quando mil mulheres de Berlim vão buscá-la na prisão da Barnimstrasse em 18 de fevereiro de 1916, quando ela é solta, e lhe dão montanha de presentes”.
Aula 4
A insegurança da existência
“Assim um continente após o outro e em cada continente um país após outro, uma raça”, não está fora uma idéia de raça. É assim de supetão, não comenta muito mais fala, “uma raça após outra ficam inelutavelmente sobre a dominação do capital. Com isso inumeráveis milhões caem na proletarização, na escravidão, na insegurança da existência, em suma na miséria. E a nota da Rosa no rodapé: extermínio dos povos primitivos. Ela tá preocupada com isso”.