Ninguém regula a América: guerras híbridas e intervenções estadunidenses na América Latina

Ana Penido e Miguel Stedile

2021

- Fundação Rosa Luxemburgo e Expressão Popular

Ninguém regula a América: guerras híbridas e
intervenções estadunidenses na América Latina / Ana
Penido, Miguel Enrique Stédile. — 1.ed.– São Paulo :
Fundação Rosa Luxemburgo : Expressão Popular, 2021.
166 p.–(Coleções emergências).
ISBN 978-65-5891-010-7
1. América Latina – Guerras. 2. América Latina –
Guerra híbrida. 3. América Latina – Intervenções
estadunidenses. I. Stédile, Miguel Enrique. II. Título.
III. Série.
CDU 980
Catalogação na Publicação: Eliane M. S. Jovanovich CRB 9/1250

SOBRE A PUBLICAÇÃO

Quando o século XX estava terminando, apenas 20 anos atrás, tudo indicava que os próximos anos seriam de supremacia política, econômica, cultural e militar dos EUA. Não à toa, o historiador estadunidense Francis Fukuyama celebrou o “fim da história” (Fukuyama, 1992): a União Soviética, polo oposto na Guerra Fria, fora dissolvida; o capital financeiro, sediado em Wall Street, era o centro dinâmico do capitalismo, e sua versão política, o neoliberalismo, era largamente adotado por países periféricos, em especial na América Latina. Seguindo, em teoria, as orientações de organismos multilaterais, mas sob a direção de Washington – como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial –, empresas estatais e restrições à exploração da natureza foram transformadas em oportunidades de lucros para empresas do centro do capitalismo. Culturalmente, todo o mundo almejava o American way of life. Militarmente, a hegemonia em termos de equipamentos e tecnologia estadunidense era inconteste, e o país reformulava sua estratégia militar para lidar com o que ele mesmo propunha como “novas ameaças”

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