Encerrando sua visita ao Brasil, a feminista e historiadora italiana participa, em 22 de julho, de uma Roda de Diálogo e de intervenções artísticas com coletivos políticos e de mulheres no extremo leste da cidade de São Paulo.
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Diálogo e construção de conhecimento com coletivos periféricos em SP
06/07/2017
por
Fundação Rosa Luxemburgo

SILVIA CIDADE TIRADENTES CORRETOEncerrando o ciclo de atividades no Brasil, por ocasião do lançamento de seu livro Calibã e a Bruxa (Editora Elefante – tradução Coletivo Sycorax), a feminista e historiadora italiana Silvia Federici participa, em 22 de julho, de uma Roda de Diálogo e de intervenções artísticas com coletivos políticos e de mulheres na Cidade Tiradentes, extremo leste da cidade de São Paulo.

Silvia é hoje uma das mais importantes teóricas do feminismo e do capitalismo, e em sua pesquisa analisa, entre outros aspectos, o trabalho assalariado a partir de uma perspectiva de gênero. Nascida na Itália, vive nos Estados Unidos desde os anos 1960, onde participou ativamente do movimento contra a guerra e fundou o Coletivo Feminista Internacional, que impulsionou a Campanha Salários para o Trabalho Doméstico em âmbito global.

Além da reconhecida produção teórica, a professora emérita da Universidade de Hofstra, em Nova York, segue vinculada com as lutas feministas contemporâneas e os desafios impostos pelo capitalismo que oprime e mata mulheres. A construção de um novo paradigma de sociedade, com base nos bens comuns, também integra os temas discutidos por Silvia.

“É preciso criar um tecido social mais forte, capaz de resistir ao que está acontecendo e também começar a construir novas relações. Começar a implementar novas formas de autogovernarmos, ter o controle de nossa vida, não apenas nos opor, mas sim definir que tipo de sociedade queremos, como iremos construí-la, o que precisamos de imediato e quais são os objetivos de futuro”, disse Silvia Federici em recente entrevista.

A proposta da atividade é promover um diálogo e uma troca de experiências entre o profundo conhecimento de Silvia sobre a opressão das mulheres na sociedade capitalista e as resistências à este modelo, com as ações de protagonismo feminino, de caráter político e artístico, que atuam diretamente nos territórios periféricos de parte da periferia de São Paulo.
Confira a programação:
Silvia Federici –  Professora emérita da Universidade de Hofstra, em Nova York. Pesquisadora e feminista, autora de Calibã e a Bruxa (Editora Elefante – Tradução Coletivo Sycorax)
Bergman de Paula – Historiadora, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; mestranda em Ciências Humanas e Sociais na Universidade Federal do ABC; Membra do coletivo preto de esquerda Kilombagem.
Ana Paula Correia – Feminista Negra e Coordenadora da Casa Anastácia.
Bia Sankofa – Força Ativa

Intervenções Artísticas

Exibição dos curtas
Nós Carolinas – do coletivo Nós, mulheres da periferia
Mulheres Negras, projetos de mundo – de Day Rodrigues

Teatro
Filhos da Dita
Mãe da Rua – distribuição do jornal Linha Vermelha

Música
Rap – Fantasmas vermelhos
Coco – As 3 Marias

 

Serviço

Roda de Conversa com intervenções artísticas

22 de julho – a partir das 14h
Teatro Ventre de Lona – Centro Cultural Arte em Construção
Avenida dos Metalúrgicos, 2.100 – Cidade Tiradentes

Iniciativa

Fundação Rosa Luxemburgo, Goethe-Institut, Coletivo Sycorax, Editora Elefante

Parceria
Pombas Urbanas e Biblioteca Solano Trindade