Partindo do pensamento de Angela Davis, cujo livro Mulheres, Raça e Classe foi recentemente publicado no Brasil pela editora Boitempo, Rosane Borges e Paola Prandini falam sobre como o racismo atua na reprodução do capitalismo e a importância deste debate para a esquerda brasileira.
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Raça e gênero na reprodução do capital
16/12/2016
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A escravidão transatlântica (tráfico dxs negrxs africanxs para as Américas), considerada pela ONU como a pior tragédia da humanidade,  foi a base de construção da sociedade brasileira, que se forjou sob a égide da opressão de homens e mulheres africanas o que, por sua vez, é um pilar fundamental para a sobrevivência do capitalismo. O debate Angela Davis: raça e gênero na reprodução do capital, realizado pela Fundação Rosa Luxemburgo, em 1º/12/16 abordou, a partir do pensamento do filósofa e ativista estadunidense e no marco do lançamento de Mulheres, raça e classe, pela Editora Boitempo, questões como  naturalização do racismo e a apatia da esquerda quanto à questão racial. A discussão contou com a participação de Rosane Borges, escritora e professora universitária e Paola Prandini, jornalista e fundadora do AfroeducAÇÃO.

“Se a escravidão foi a base de sustentação do capitalismo, não tem como desconsiderar tal questão para se pensar como este sistema se refaz e se reelabora em nosso cotidiano. Confrontá-lo  significa tomar a bandeira racial negra como uma bandeira importante pois ela dinamiza o que a Angela Vadis afirma que raça, informa classe”, afirma Rosane Borges.

Assista ao vídeo com alguns pontos do debate:

 


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