Quais são os caminhos para o transporte público gratuito? Esse é o tema do último debate do Webseminario Internacional Direito à Mobilidade. O evento será realizado em 22 de abril, às 15h. Para participar envie um e-mail para: manuela.kropp@rosalux.org.
O primeiro debate do webseminário internacional, mulheres na cidade e mobilidade, aconteceu em 25 de fevereiro e está disponível em inglês, com legenda em português. Em seguida, teve lugar segundo encontro, direito à mobilidade contra racismo, realizado no dia 25 de março, disponível em português e inglês, nas redes dos escritórios da FRL em Bruxelas e Nova Iorque.
O transporte público gratuito já é realidade em dezenas de cidades ao redor do mundo. Como resultado, possibilita o direito à mobilidade para todos. Em muitos países, diferentes iniciativas lutam para garantir a efetivação dessa política, pois entendem a mobilidade como um direito fundamental, portanto, não pode depender das condições econômicas das pessoas.
Nos Estados Unidos, as câmaras municipais defendem a gratuidade como parte do Green New Deal. No Brasil, o Movimento Passe Livre luta há anos por tarifa zero. Na Alemanha, diversas iniciativas querem garantir o transporte público gratuito ou de baixo custo, como por exemplo o 365-Euro-Ticket, ou seja, um bilhete anual que permite acesso ilimitado em uma área específica, pagando o equivalente a € 1,00 por dia.
Nos últimos anos, o transporte na União Europeia foi o único setor que aumentou as emissões de gases do efeito estufa. Por outro lado, uma campanha realizada pelo sindicado alemão ver.di e pela Fridays for Future apresenta os trabalhadores do setor como guardiães do clima. Isso porque, todo transporte público bem desenvolvido e economicamente viável reduz o congestionamento nas áreas centrais das cidades. Além disso, estimula as pessoas a deixarem seus veículos em casa com mais frequência.
Mundialmente, ônibus e trens lutam contra as perdas de receitas por causa da pandemia da COVID-19. Neste cenário, é fundamental rever as formas de financiamento e evitar o sucateamento desses serviços, além disso, é importante ampliar o acesso ao transporte de massa.
Quinta-feira, 22 de abril de 2021, 15h São Paulo
Interpretação em alemão, inglês e português.
Inscrições pelo e-mail: manuela.kropp@rosalux.org
Manuela Kropp – Gerente de Projetos – Escritório de Bruxelas da Rosa-Luxemburg-Stiftung
Organizadores: Rosa-Luxemburg-Stiftung Bruxelas, Rosa-Luxemburg-Stiftung Nova York e Fundação Rosa Luxemburgo – Brasil e Paraguai
O encontro será uma oportunidade para discutir algumas questões, como por exemplo:
Judith Dellheim – estudou economia política de 1973 a 1978. Além disso, concluiu seu Doutorado em 1983. Trabalhou no comércio exterior da República Democrática Alemã (RDA). Desde 1990, trabalha com temas, como: economias solidárias, partidos e movimentos políticos, e políticas econômicas.
Integrou o Conselho Federal do Partido do Socialismo Democrático da Alemanha de 1995 a 2003. Em seguida, atuou como consultora científica autônoma de 2004 a 2010. Atualmente, trabalha como pesquisadora sênior na Fundação Rosa Luxemburgo, também integra o Instituto de Pesquisa Europa Sustentável (SERI Germany e.V.).
Marijke Vermander – pesquisa políticas públicas de Passe Livre no Brasil para sua tese de mestrado em Urbanismo e Planejamento Espacial na Universidade Livre de Bruxelas (VUB). Sua pesquisa integra o projeto “Das tarifas baixas à tarifa zero: uma análise das dinâmicas econômicas, operacionais, sócio-espaciais e políticas do transporte público gratuito”.
Phineas Baxandall – analista sênior de políticas do Massachusetts Budget and Policy Center. Recentemente, publicou uma série de relatórios sobre ônibus gratuitos. Anteriormente, dirigiu o programa de Transporte e o programa Tax & Budget para o Grupo de Pesquisa de Interesse Público dos EUA. Depois que completou seu Doutorado do MIT em Ciência Política, trabalhou na Universidade de Harvard como palestrante e ajudou a dirigir o Taubman Center for State and Local Government da Kennedy School of Government.
Titus Schueller – vereador local da cidade de Nuremberg (Alemanha) e um dos precursores da iniciada de cidadãos locais por um bilhete anual de 365 euros para transporte público. Co-presidente do partido DIE LINKE Nuremberg-Fürth.
Manuela Kropp – coordenadora de projetos no escritório da Fundação Rosa Luxemburgo em Bruxelas.