O Atlas dos Sistemas Alimentares do Cone Sul discute as causas da crise alimentar na região, vinculando a fome ao sistema alimentar dominante nesses países que privilegia o agronegócio. Além do diagnóstico da situação, o livro apresenta práticas e alternativas que apontam para outras formas de uso da terra, de produção e circulação de alimentos, impulsionadas por um modelo baseado na agroecologia. Destaque para as ações de movimentos populares que durante a pandemia desenvolveram campanhas de solidariedade que contribuíram para alimentar a população principalmente nas grandes cidades, seja em distribuição de alimentos gratuitos ou nas cozinhas populares e solidárias.

As experiências destacadas no Atlas não só ressaltam a importância da soberania alimentar, mas elencam uma série de políticas públicas que buscam garantir uma vida digna no campo e nas cidades, e, principalmente, o direito inalienável de que toda a população possa comer de maneira saudável.
A organização e coordenação editorial é de Jorge Pereira Filho (FRL Brasil e Paraguai) e de Patricia Lizarraga (FRL Cono Sur) e foi construída de forma participativa em parceria com movimentos populares do campo e da cidade, ONGs e especialistas.
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Por que os preços estão cada vez mais caros?
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Há uma tendência global de alimentos mais caros que foi intensificada pela pandemia e pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia
(INFOGRÁFICO PÁGINA 18)
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Os preços ficam mais caros também porque a cada ano a área plantada de arroz, feijão e outros alimentos básicos de nossa dieta alimentar tem se reduzido.
(INFOGRÁFICO PAGINA 33, SUPERIOR, RECORTAR SÓ O BRASIL)
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Além disso, depois dos desmontes nas políticas de segurança alimentar ocorridos após o golpe de 2016, os estoques de alimentos da Conab foram praticamente ZERADOS.
Isso limita a capacidade de o governo regular o preço.
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Quando aumenta o consumo, o preço vai subir se não houver estímulo à produção de alimentos de verdade. E hoje a maior parte do dinheiro destinado à agricultura familiar (Pronaf) acaba destinada para a produção de commodities como soja e milho.
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Combater a fome e baratear os alimentos é possível. E, para tanto, o governo precisa fortalecer políticas de soberania alimentar. Leia mais no Atlas dos sistemas alimentares do Cone Sul.







Por que o agronegócio provoca a crise climática?
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A produção de grãos para exportação ocupa cerca de 90% das terras agriculturáveis no Brasil e sua expansão destrói florestas e ecossistemas, emitindo gases do efeito estufa.
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O uso de fertilizantes, pesticidas, máquinas e a destruição do solo respondem por cerca de 10% dos gases de efeito estufa.
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A pecuária industrial é uma das principais atividades emissoras de GEE devido aos grãos consumidos pelos animais, pela emissão de gás metano que gera, pelo dióxido de carbono gerado pelos resíduos animais e pelo consumo de derivados de petróleo na mecanização, refrigeração e no processamento.
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Para 2050, os preços dos alimentos podem subir até 30% devido ao aquecimento global, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).
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Ao mesmo tempo, a produção de alimentos saudáveis em harmonia com a natureza pode esfriar o planeta. Além de levar comida de verdade para o prato do povo, fortalecer a agroecologia é uma forma de combater a crise climática agravada pelo agronegócio.
Leia mais no Atlas dos Sistemas Alimentares do Cone Sul.