A “sociedade civil” não é bem-vinda na OMC

"Toda a delegação da REBRIP foi impugnada do evento, apesar de termos participado de diversas outras Cúpulas Ministeriais da OMC nos últimos anos"
01/12/2017
por
REBRIP

Argentina revoga as credenciais de expertxs não-governamentais para a 11ª Conferência da OMC, em Buenos Aires. Uma nota de repúdio

da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (REBRIP)

Em decisão não justificada, o governo argentino revoga as credenciais e diz aos participantes para não tentarem entrar no país. A partir de um comunicado oficial emitido no último dia 29/11, a Assessoria de Comunicação da Organização Mundial do Comércio informou a dezenas de participantes e organizações de todo o mundo – já inscritos para a Conferência da OMC, que será realizada entre os dias 10-13 de dezembro em Buenos Aires – que por motivos não informados o governo argentino revogou suas credenciais para a participação na reunião. A situação fica ainda mais grave uma vez que o governo argentino informou a estes participantes que eles sequer devem tentar entrar no país.

Segundo trecho da nota oficial: “We therefore discourage you from travelling to Argentina so as to avoid being turned away upon entry into the country.” (Em tradução livre: Nós desencorajamos você de ir viajar para a Argentina para evitar que sua entrada seja negada no momento que você chegar ao país).

laborsignsToda a delegação da REBRIP foi impugnada do evento, apesar de termos participado de diversas outras Cúpulas Ministeriais da OMC nos últimos anos. Agora nos somamos aos protestos das organizações da sociedade civil em todo o mundo, e estamos nos articulando para tentar reverter o quadro. Ao longo dos próximos dias informaremos a evolução do processo.

Contra o tratado vampiro UE-Mercosul: “Observamos que, apesar dos pedidos de transparência e compromissos para uma maior abertura, as negociações estão ocorrendo longe do conhecimento público. Considerando as potenciais implicações para a vida e o bem-estar de milhões de pessoas, os cidadãos e cidadãs da UE e do Mercosul têm o direito de saber o que está sendo discutido e negociado em seu nome.”