No vídeo, Cristiane Faustino, integrante da coordenação colegiada do Instituto Terramar, fala sobre a perda dos territórios comunitários no Ceará em razão da expansão das usinas eólicas na região.
“Nós temos acompanhado os impactos da indústria da energia eólica no Ceará. E são muitos, especialmente os vinculados à perda do território de realização dos trabalhos e da manutenção dos modos de vida dessas comunidades”, conta a assistente social.
Faustino explica que os empreendimentos têm prejudicado atividades tradicionais das comunidades, como a pesca artesanal, agricultura, cultura e religiosidade.
“Energia é um direito humano, mas, em nome disso, não podemos sacrificar ou colocar em risco várias comunidades tradicionais e as pessoas que ocupam ancestralmente esses territórios”.
A assistente social conta como esse impacto reduz a sociobiodiversidade do estado e como o Instituto Terramar, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, colaboram com o processo de formação e organização das comunidades para debater e serem ouvidas neste processo.
A integrante do Terramar afirma que é necessário pensar essas políticas voltadas para a transição energética de forma democrática, “de uma forma que considere o cotidiano das comunidades e sua diversidade sociocultural”, conclui.