A experiência agroecológica da Feira da Freguesia

As origens deste trabalho e a feira como um processo político pedagógico. "Um saber que passava pelas remoções forçadas na cidade por conta da especulação imobiliária, pela invisibilidade da agricultura na cidade, pela invisibilidade do trabalho das mulheres, pela dificuldade de transporte público e acesso a serviços de saúde".
24/06/2015
por
PACS

Nova edição do boletim do PACS Massa Crítica reflete sobre a experiência agroecológica da Feira da Freguesia

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A feira situa-se no bairro de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foi construída por uma parceria da Associação de Moradores e Amigos da Freguesia (AMAF) e da Rede Carioca de Agricultura Urbana. Os moradores da Freguesia pleitearam uma feira agroecológica e, a partir daí, as entidades de assessoria e pesquisa que atuam junto da Rede (AS-PTA, CAPINA, PACS, UFRRJ e FIOCRUZ) articularam e desenvolveram um processo de formação que reuniu agricultores de Vargem Grande, Pau da Fome, Curicica, Rio da Prata, Magé, Nova Iguaçu e Duque de Caxias.

feira-pacs1O boletim Massa Crítica do Pacs conta as origens deste trabalho e discute a construção da feira como um processo político pedagógico:

“Um saber que passava pelas remoções forçadas na cidade por conta da especulação imobiliária, pela invisibilidade da agricultura na cidade, pela invisibilidade do trabalho das mulheres, pela dificuldade de transporte público e acesso a serviços de saúde.

Um saber marcado pela luta do povo por uma nova economia, por uma nova maneira de produzir, consumir e comercializar na cidade. Esse saber só pode ser construído através da luta do povo. E é nessa direção que está a educação popular construída coletivamente nos processos de resistência visíveis e invisíveis da cidade e do campo.

Na educação popular, o trabalho é afirmado como princípio educativo, pois é por meio dele que o coletivo se organiza, é por meio dele que o saber é construído. No caso da Feira da Freguesia, é por meio do trabalho que o coletivo reivindica permanência e território. Essa educação só é possível dentro das resistências de um povo. Só é possível quando parte, se estrutura e se reestrutura dentro das demandas das lutas populares por moradia, por trabalho, por terra e por uma vida digna pautadas na cooperação e na solidariedade. Só é possível porque é pautada na justiça social”.

Leia na íntegra o Boletim Massa Crítica de junho de 2015

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