Entre os dia 04 e 06 de setembro, será realizado um intercâmbio entre o Instituto Terramar, do Brasil, e diversas comunidades e organizações que vivenciam conflitos na região de Biobío e La Araucanía, no Chile, a partir da instalação de projetos eólicos que saturaram os territórios do país.
No início do ano, o Instituto Terramar recebeu uma integrante da Comunidad El Ciruelo Sur, de Chile. A ação é articulada pela Fundação Rosa Luxemburgo em conjunto com o Observatório Latino Americano de Conflictos Ambientales (OLCA).
Entre os locais previstos na visita estão as comunas de Los Ángeles, Negrete e Renaico. Além das visitas de campo a locais afetados por parques eólicos, serão realizadas conversas com organizações e registros visuais e audiovisuais com o objetivo de aumentar a visibilidade dos conflitos e a solidariedade entre os povos.
São muitos os pontos em comum entre às experiências com impactos dos projetos eólicos nos dois países da América Latina. Como no Brasil, no Chile os empreendimentos eólicos atropelam a democracia negando a participação popular, as garantias de direitos e as políticas de conservação ambiental.
Além de contribuir para tornar visíveis as ameaças e danos experienciado nos dois países , o intercâmbio busca compartilhar experiências comunitárias e redes de solidariedade em escala regional latino-americana. Há, também, o desejo comum de fortalecer as resistências aos modos devastadores que as usinas vem se implementando em territórios comunitários na América Latina.
