O 8 de março não é um dia de presentes ou flores. Mas sim uma data para relembrar e reforçar a ação política coletiva que caracteriza a participação de mulheres na sociedade. Por isso, neste momento de tantos desafios e perda de direitos, a Fundação Rosa Luxemburgo saúda e agradece por toda a resistência empreendida por mulheres comprometidas com a democracia, o pensamento crítico e as mudanças necessárias para uma sociedade com equidade e liberdade. Apesar de toda a violência sofrida (no Brasil, desde o começo da pandemia, a cada dia, três mulheres são assassinadas) elas seguem em frente na reivindicação de seus direitos.
Compartilhamos com vocês algumas produções realizadas pela Fundação e em parceria que visibilizam e fortalecem estas ações transformadoras lideradas por mulheres.
O 8 de março é um dia para se lembrar que a resistência e a criação de novas narrativas de mundo realizadas por mulheres, cis e transgênero, acontecem todos os dias.
EVENTO
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Resistências e re-existências, escrita por mulheres de organizações sociais e acadêmicas brasileiras, traz uma reflexão coletiva sobre os temas território, ambiente e pandemia. Nosso objetivo é contribuir com processos de debate e de articulação entre movimentos e organizações sociais, e com a difusão de análises e ações sobre o retrocesso de direitos no Brasil, o aumento dos conflitos nos territórios e a vida das mulheres.
O Brasil fora do armário: diversidade sexual, gênero e lutas sociais contribui para a reflexão, sob perspectiva marxista, sobre os principais desafios enfrentados pelas mulheres e LGBT+s, suas principais conquistas e projetos de futuro no que se refere à construção e efetivação da igualdade de direitos.
Muitas palavras têm sido acionadas para descrever os aspectos locais e globais nos quais estamos inseridas enquanto espécie: humanidade, diversidade, coletividade, irmandade e democracia são algumas delas. OPonto de debate: Um vácuo “cis” na história e a emergência do corpo trans apresenta alguns tópicos que criaram condições de emergência para a cena nacional de implementação de direitos para um dos grupos minoritários mais deslegitimados da História: o corpo trans e travesti.
A publicação Economia feminista e ecológica: resistências e retomadas de corpos e territórios foi elaborada pela SOF Sempreviva Organização Feminista e conta com textos de Ana Isla, Miriam Nobre, Renata Moreno, Sheyla Saori, Yayo Herrero. O estudo conta com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo.
Memórias de Cozinha: mulheres e receitas insurgentes é um livro de receitas produzido coletivamente a partir do Encontro de Oficinas de Receitas, em setembro de 2019, no Ponto de Cultura Rural, em Bom Jardim-RJ, que também deu fruto ao vídeo “Cochichos de Cozinha: afeto e política na mesa”.
Mulheres e Soberania Alimentar – Sementes de mundos possíveis, construído coletivamente com textos de dez autoras, traz temas como o direito humano à alimentação adequada, políticas de agricultura e produção de alimentos e a necessidade de visibilidade do trabalho das mulheres na garantia de soberania e segurança alimentar.
A circulação do conhecimento produzido por mulheres negras tem crescido nos últimos anos, mas ainda há muito desconhecimento das palavras publicadas por essas mulheres antes do tempo atual. Neste sentido, o livro é uma importante contribuição. Ao reunir em um único volume estas vozes, o livro Vozes Insurgentes de Mulheres Negras concretiza a capacidade das mulheres negras em formular pensamentos e críticas.